dezembro 10, 2008

SÃO VICENTE DE PAULO SOB A DIREÇÃO DO PADRE DE BÉRULLE (1609-1613)


O cardeal de Bérulle

Quando chegou em Paris Vicente alugou um pequeno quarto no modesto bairro Saint-Germain-des-Prés, porque ficava perto do hospital da Caridade, construído pela Rainha Maria de Médicis. Lá Vicente ia todo dia tratar dos doentes. Também Bérulle visitava esse hospital. Era um homem incrível e não aceitou os bispados que Henrique teria lhe oferecido.
Vicente dividia o quarto com o juiz de Sore, Beltrão Dulou. Um dia em 1609, o juiz saira para seus negócios esquecendo de fechar o seu armário onde guardava dinheiro. Vicente adoeceu e pediu para que o rapaz da farmácia viesse trazer remédios para ele e este viu a porta aberta e pegou o dinheiro ali exposto. Quando o juiz voltou e viu o que tinha acontecido acusou Vicente de roubo. Ele expulsou do quarto e caluniou ele perante várias pessoas, até mesmo para Bérulle. Seis anos depois o ladrão foi preso e mandou chamar o juiz e contou a verdade. Depois o juiz envergonhado escreveu uma carta ao padre Vicente pedindo perdão pela calúnia. Desde já se pode perceber a grandeza e as virtudes que Vicente iria desenvolver e aperfeiçoar cada vez mais em sua vida. Nesse momento o desejo de alcançar benefícios para sua família ainda o persegue.

Esmoler da Rainha Margarida de Valois

Logo após Vicente foi chamado para ser esmoler e capelão da rainha Margarida de Valois, filha de Henrique II, esposa de Henrique IV. Ele ficou responsável de fazer a distribuição das esmolas que esta dava principalmente em seu aniversário e outras ocasiões. Logo depois o arcebispo de dÀix cedeu-lhe a abadia de S. Lourenço, mas não pode assumir devido ao trabalho que estava desempenhando.
No palácio da rainha existia muitos doutores no qual Vicente ajuda um a enfrentar dúvidas de fé que este vinha tendo e querendo muitas vezes se atirar das janelas. Vicente então lhe proibiu de rezar qualquer oração, recitar o breviário e celebrar a Missa. O padre não resistiu à violência que fazia e caiu doente não só de saúde, mas também de espírito. Vicente vendo todo esse sofrimento se oferece então a Deus para sofrer no lugar deste e logo vê o semblante desse padre se iluminar e falecer. Os tormentos então passam a Vicente até o momento em que ele se coloca de joelho na frente do Santíssimo e se consagra totalmente ao serviço dos pobres e tudo que ganhasse seria empregado nesse trabalho. E foi assim que fez com a quantia de 15.000 libras que recebeu de João Latanne.

Vigário de Clichy

Logo depois padre Bérulle reunia cinco padres para fundar a congregação do Oratório na França, semelhante ao de Roma. O pároco de Clichy veio juntar-se a eles e deixou a paróquia para Vicente.
Esta Igreja era pequena caia em ruínas. Então começou a construir uma maior com auxílio de seus amigos de Paris porque o povo ali era humilde. Enquanto construía a Igreja começava também as obras de caridade. Vicente recomendou que todos então participassem da comunhão geral todo domingo, coisa que todos fazia com a maior fé e boa vontade.
Nesse mesmo tempo formava doze adolescentes nas ciências e nas virtudes. Um deles era Antonio Portail que mais tarde seria o primeiro padre da missão. Como Vicente era amigo de Bérulle e obedecia-lhe ele foi ser preceptor na família do nobre senhor Filipe Manuel de Gondi, general das galeras. São Vicente em um ano tinha ganhado todos os corações daqueles fiés que choraram muito com a saída de seu pastor.

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